A última semana foi de grande importância para os profissionais da Endocrinologia e Cardiologia que têm dedicado boa parte de sua agenda, tão preenchida por compromissos e uma rotina frenética, para atualizações científicas constantes e necessárias, a exemplo de todas as vistas no DIACORDIS DIGIT@L.
Apresentado e coordenado pelo Dr. Carlos Eduardo Barra Couri, que também esteve à frente do endoDEBATE DIGIT@L em julho e não obteve menor repercussão – dessa vez entre os profissionais da Endocrinologia e áreas correlacionadas –, o DIACORDIS foi transmitido ao vivo, de segunda a sábado, diretamente dos estúdios da Clannad, na capital paulista, equipados por uma infraestrutura altamente tecnológica e moderna, imprescindível para o caráter interativo, informal e dinâmico intrínsecos à proposta do evento.
Se por um lado esse mesmo caráter garantiu uniformidade aos talk shows, foi possível perceber características peculiares entre eles. Foram apresentadas, por exemplo, sessões bastante oportunas de “mito ou verdade”, uma delas pelo próprio Dr. Couri, sobre vacinação de gripe para a prevenção de doença cardiovascular no diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Em outro momento, o Dr. Cristiano Barcellos trouxe à discussão conceitos cristalizados – alguns passíveis de confirmação, outros de contestação – sobre risco cardiovascular a partir da terapia hormonal.
Alguns alertas também tiveram presença marcante ao longo dos seis dias de apresentações, como a seriedade com que se deve tratar a aterosclerose quando o assunto é DM2 e doença cardiovascular, nas palavras do Dr. José Rocha Faria Neto, e a importância da observação atenta de sinais indicativos de acidente vascular cerebral, ressaltada pelo Dr. Wagner Avelar – isso tanto por parte dos médicos como dos próprios pacientes.
Ainda tiveram destaque talk shows que buscaram enfocar os efeitos de determinados medicamentos, recém-lançados ou não, na terapia de pacientes com diabetes. A dapagliflozina para prevenção renal em pessoas com ou sem DM2, cujos resultados podem ser conferidos dentro do estudo DAPA-CKD, e os inibidores de SGLT com seus passíveis efeitos de classe, a cargo do Dr. Álvaro Avezum, não só prometeram como conseguiram atrair a atenção e mobilizar a participação dos mais de 3.300 inscritos.
Muito há o que ser dito sobre o envolvimento de um público tão qualificado, diga-se de passagem. O formato online do DIACORDIS, respeitando as necessidades ainda vigentes de distanciamento social e atendendo aos principais protocolos das autoridades de saúde pública, não representou nenhum obstáculo para que grande parte da audiência se dispusesse a expor suas dúvidas e/ou considerações diante de cada tema. O resultado não poderia ser outro que não uma notável pluralidade de visões de mundo enriquecedoras e comprobatórias da inesgotabilidade dos assuntos.
O compartilhamento de ideias e experiências médicas e científicas contou também com o espaço da Cafeteria Telegram, iniciativa que, de tão bem-sucedida dentro do endoDEBATE DIGIT@L, não poderia ter ficado de fora no DIACORDIS. Um espaço virtual altamente democrático que, confirmando a importância da promoção de ambientes como esse, a cada minuto recebia mais e mais acessos de cardiologistas, endocrinologistas e demais especialistas.
O que se pode depreender é que os conteúdos compartilhados no DIACORDIS DIGIT@L 2020 têm o potencial de permanecer por longo tempo em construtivas rodas de conversa entre seus participantes – palestrantes convidados e audiência –, servindo de motor e suporte para estudos futuros sobre diabetes e complicações cardiovasculares e contribuindo maciçamente para novas abordagens na conduta e no tratamento de milhares de pacientes.
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